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Férias no condomínio: diversão e facilidade de estar em casa

A empresária Marcela Castro organizou atividades para os filhos Mateus e Vitória ficarem longe dos aparelhos eletrônicos.

Tempo na tecnologia: a empresária Marcela Castro organizou atividades para os filhos Mateus e Vitória ficarem longe dos aparelhos eletrônicos. (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)

Pensando em não deixar os filhos usarem o maior tempo das férias no tablet e no celular que a empresária Marcela Castro organizou em conjunto com outras duas moradoras uma programação de férias no condomínio onde mora.

“A tecnologia acaba sendo uma facilidade para os pais, mas prejudica a relação com outras crianças, o contato com a natureza. Com o tempo ocioso maior, ficamos preocupadas com o que estão assistindo, fazendo…”, comenta Marcela, mãe de Mateus, de 6 anos, e Vitória, de 5.

Embora os filhos tenham liberdade no condomínio em que vivem de brincarem na pracinha, jogarem futebol e fazerem piquenique aos finais de semana, a ideia da equipe de eventos foi trazer ainda mais diversão às crianças.

“Pela situação de trabalharmos e termos esse tempo maior deles em casa, decidimos procurar atividades externas e coordenadas por monitores, que envolvem exercícios físicos e habilidades sociais”, explica.

Durante uma semana de julho, uma equipe de recreação irá proporcionar brincadeiras antigas, oficina de cup cake, futebol de sabão, skibunda, caça ao tesouro, torta na cara, oficina de slime (geleca) e gincana.

“Quando fazem essas atividades, meus filhos ficam mais tranquilos, melhoram a socialização, superam a timidez, despertam várias habilidades e até se alimentam e dormem melhor. Acho fundamental proporcionar essas atividades durante o período das férias, pelos benefícios para o desenvolvimento geral da criança, seja físico, emocional ou social”, opina Marcela.

Além da programação do condomínio, Marcela busca sempre atividades com um foco mais cultural no Sesc e nos shoppings, como oficinas, teatro e exposições.

É preciso saber utilizar os recursos da tecnologia

Mas ela ressalta que o tempo destinado à tecnologia deve sempre ser limitado. “Nada substitui o contato humano, são atividades complementares. E os Youtubers não podem educar seu filho, assim como os amigos virtuais não podem substituir os reais”, alerta.

Por outro lado, se o Youtuber tem conteúdo que não se aproveita, com palavras e comportamentos inadequados, deve ser conversado com o filho e evitado.

“Utilize o comportamento mostrado no vídeo, para explicar ao seu filho o que você não gosta e não aceita em sua casa. Assim como o que é interessante absorver”, explica.

A psicóloga diz que nem todos são vilões. “Há exceções, embora tenha muito lixo e é preciso conhecê-los para filtrar”, diz. Danielle cita o “Gato Galactico”, quase um contador de histórias pela internet. “Ele revela vivências de sua vida nos episódios. Todas as crianças gostam, tem uma linguagem atemporal, divertida e eles se identificam”, descreve.

Outra febre entre crianças e adolescentes são os canais de Youtubers. E a melhor solução é superar a rigidez e o preconceito e tentar ver o que cada youtubers passa nos vídeos. “Olhe o que eles estão vendo, tente argumentar o que aquilo vai acrescentar à vida dele e busque alternativas de youtubers mais interessantes”, ensina.

Segundo ela, o adulto precisa se vestir de criança e entrar no mundo deles. Entre os jogos de videogame, ela cita que há os de estratégia, como o Minecraft, que permitem o desenvolvimento de estratégias e de planejamento.

“Ao entrarmos nesse mundo, podemos ajudá-los a pensar. Sente ao lado e pergunte o desafio daquele jogo. Assim estará usando a seu favor”, sugere Danielle que adota essa postura com o filho Guilherme Zeoti Jordão, de 10 anos.

A dica de Danielle é não demonizar a tecnologia, mas transformá-la em uma aliada. “Deixe para os momentos em que estiver mais ocupado com o trabalho, por exemplo”.

As crianças da geração atual nasceram na Era da Tecnologia e os celulares, tablets e videogames fazem parte do seu universo. Então é justo que tenham o tempo para usá-los. Mas a psicóloga Danielle Zeoti afirma que, mesmo nas férias, é sempre necessário adotar regras de uso.

“Estipular a hora de usá-los, mas sempre com limites e acordo prévio. Assim ela se sentirá participante das decisões e mais responsável pelo acordado”, explica.

Dicas para o período de férias

Estimule o contato com a natureza e as atividades ao ar livre. Deixe se sujar na terra.

Resgate brincadeiras de antigamente, que fizeram parte do seu universo.

Se seu filho é um pré-adolescente, os acampamentos de férias são momentos importantes para desenvolver autonomia, responsabilidade com os pertences e independência.

Agora ele pode aprender através do lúdico. Férias não podem ter tarefa e imposições de aprendizado. Deve ser por meio do brincar. Quer estimular a leitura? Leve na banca ou livraria e o deixe escolher algo que o atraia.

Fonte: ACidade ON Ribeirão